terça-feira, 25 de maio de 2010

Bandeira da União Europeia


Esta é a bandeira da Europa, símbolo não só da União Europeia, mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido mais lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa.O número de estrelas não tem nada a ver com o número de Estados-Membros. As estrelas são doze porque tradicionalmente este número constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade. Assim, a bandeira mantém-se inalterada, independentemente dos alargamentos da UE.História da bandeiraA história da bandeira começa em 1955. Nessa altura, a União Europeia existia apenas sob a forma da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, com seis Estados-Membros. No entanto, alguns anos antes tinha sido criado um outro organismo - o Conselho da Europa - que reunia um número superior de membros e cuja função consistia em defender os direitos do Homem e promover a cultura europeia.O Conselho da Europa procurava um símbolo que o representasse. Após alguma discussão, foi adoptado o presente emblema - um círculo de doze estrelas douradas sobre fundo azul. Nalgumas culturas, o doze é um número simbólico que representa a plenitude, sendo também, evidentemente, o número dos meses do ano e o número de horas representadas num quadrante de relógio. O círculo constitui, entre outras coisas, um símbolo de unidade.O Conselho da Europa convidou seguidamente as outras instituições europeias a adoptarem a mesma bandeira e, em 1983, o Parlamento Europeu seguiu o seu exemplo. Por último, em 1985, os Chefes de Estado e de Governo da UE adoptaram esta bandeira como emblema da União Europeia - que nessa altura era designada por Comunidades Europeias.Desde o início de 1986, todas as instituições europeias adoptaram esta bandeira.A bandeira da Europa é o único emblema da Comissão Europeia - o órgão executivo da UE. Outras instituições e organismos da UE usam um emblema próprio, para além da bandeira da Europa.

PORTUGAL: ENTRADA NA CEE: UNIÃO EUROPEIA



A ENTRADA DE PORTUGAL NA CEE Antecedentes Portugal embora não tenha participado na IIª. Guerra Mundial (1939-1945), não deixou de estar envolvido nos movimentos que lhe sucederam no sentido de se criarem na Europa organizações de cooperação entre os vários Estados. A manutenção das suas colónias de Portugal em África, Ásia e Oceânia rapidamente se tornaram num obstáculo a esta cooperação, acabando por isolar progressivamente o país no contexto internacional. A partir dos anos 60 a situação tornou-se insustentável. A manutenção das colónias, com tudo o que elas implicaram, representou um obstáculo brutal ao desenvolvimento numa fase de expansão económica do mundo ocidental.NATO. Portugal, em 1949, foi um dos países fundadores desta organização de defesa. A manutenção das colónias exigia um reforço das alianças militares com as grandes potências mundiais do mundo ocidental.OECE/OCDE. Os países europeus que aceitaram a ajuda americana após a guerra, em 1948 criam a OECE, para coordenarem a aplicação deste auxílio. Países que participaram: Portugal, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Itália, Alemanha Federal, Reino Unido, Austria, Suíça, Dinamarca, Noruega, Suécia, islândia, Grécia, Turquia, Irlanda e depois a Espanha (1959)EFTA. No final dos anos 50, os países que não haviam estado na criação da CEE, fundam a EFTA. Países que participam: Portugal, Reino Unido, Suécia, Noruega, Dinamarca, Suíça, Austria e mais tarde a Finlândia e Islândia.CEE. A CEE foi formalmente criada, em 1957, por seis países. Foi o culminar da cooperação económica que haviam desenvolvido após a guerra. O seu sucesso levou à adesão posterior de outros países, como a Grã-Bretanha. Portugal, seguiu de perto esta organização, reforçando no princípio dos anos 70 as suas ligações económicas. A adesão de Portugal estava posta de parte, devido ao facto do seu regime político ser uma ditadura.Adesão à CEE (1986)No dia 1 de Janeiro de 1986 Portugal entrava na CEE. A entrada representou uma efectiva abertura económica e um aumento na confiança interna da população. O Estado pouco ou quase nada se reformou, as clientelas do costume continuaram a engordar. Apesar de tudo avançou-se bastante em termos da concretização de muitos direitos sociais (habitação, saúde, educação, etc). as infra-estruturas começaram a renovar-se a bom um ritmo.O crescimento económico atingiu valores surpreendentes, impulsionada pelas obras públicas e o aumento de consumo interno.

História da União Europeia


Após o final da Segunda Guerra Mundial, caminhou-se para a integração europeia, que era vista por muitos como uma fuga das formas extremas de nacionalismo, que tinha devastado o continente. Tal tentativa para unir os europeus foi a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço que, embora tendo o objetivo modesto do controlo centralizado das indústrias do carvão e do aço dos seus Estados-membros, foi declarada como sendo "uma primeira etapa da federação da Europa". Os autores e os apoiantes da Comunidade incluíam Jean Monnet, Robert Schuman, Paul-Henri Spaak e Alcide de Gasperi. Os membros fundadores da Comunidade foram a Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Alemanha Ocidental.
Em 1957, estes seis países assinaram o Tratado de Roma, que prorrogou o período de cooperação no âmbito da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e criou a Comunidade Económica Europeia (CEE), que institui a união aduaneira e a Euratom, para a cooperação no desenvolvimento de energia nuclear. Em 1967, o Tratado de fusão criou um único conjunto de instituições das três comunidades, que foram referidos coletivamente como Comunidades Europeias (CE), embora geralmente apenas como Comunidade Europeia.
Em 1973, a Comunidade Europeia é alargada de forma a incluir a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido. A Noruega tinha negociado também a sua entrada ao mesmo tempo que esses países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão em referendo e assim permaneceu fora da Comunidade. Em 1979, realizaram-se as primeiras eleições democráticas para o Parlamento Europeu.

O território continental dos Estados-Membros da União Europeia (Comunidades Europeias pré-1993), animados por ordem de adesão.
Albânia
Áustria
Bielorrússia
Bélgica
Bos.& Herz.
Bulgária
Croácia
Chipre
Rep.Tcheca
Dinamarca
Estônia
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Mac.
Malta→
Moldávia
Mont.
Países Baixos
Noruega
Polônia
Portugal
Romênia
Rússia
Sérvia
Eslováquia
Eslovênia
Espanha
Suécia
Suíça
Turquia
Ucrânia
ReinoUnido
A Grécia aderiu em 1981, e Espanha e Portugal em 1986. Em 1985, o Acordo de Schengen abriu caminho para a criação de uma Europa sem fronteiras, permitindo que os cidadãos se desloquem sem necessidade de apresentar passaportes na maioria dos Estados-membros e de alguns Estados não-membros. Em 1986, a bandeira europeia começou a ser utilizada pela Comunidade e Acto Único Europeu foi assinado.
Em 1990, após a queda do Cortina de Ferro, a antiga Alemanha Oriental tornou-se parte da Comunidade, como parte da recém-unida Alemanha. Com o alargamento para a Europa Central e Oriental na ordem do dia, os critérios de Copenhaga para os Estados candidatos à adesão à União Europeia foram acordados.
A União Europeia foi formalmente criada quando o Tratado de Maastricht entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993, e, em 1995, a Áustria, Suécia e Finlândia juntaram-se à recém-criada União Europeia. Em 2002, o euro tornou-se na moeda nacional em 12 dos Estados-membros. Desde então, o euro passou a englobar dezesseis países, com a Eslováquia a aderir à Zona Euro em 1 de Janeiro de 2009. Em 2004, a UE viu o seu maior alargamento, até à data quando Malta, Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria aderiram à União Europeia.
Em 1 de Janeiro de 2007, Roménia e Bulgária tornaram-se nos mais novos membros da UE e a Eslovénia adoptou o euro. Em dezembro de 2007, os líderes europeus assinaram o Tratado de Lisboa, que se destina a substituir a falhada Constituição Europeia, que nunca entrou em vigor depois de ter sido rejeitada pelos eleitores franceses e holandeses. No entanto, a incerteza sobre o futuro do Tratado de Lisboa, resultou na sua rejeição pelos eleitores irlandeses, em Junho de 2008. Em 17 de julho de 2009, o Parlamento da Islândia concordou em pedir formalmente a adesão à UE, iniciando conversações para um acordo a ser submetido a referendo aos eleitores islandeses. Em 23 de julho de 2009, o Ministro dos Negócios Estrangeiros islandês apresentou, formalmente, o pedido de adesão da Islândia ao seu homólogo sueco (a Suécia assumiu a Presidência da UE nesse mês). Em 2 de outubro de 2009, os eleitores irlandeses aprovaram o Tratado de Lisboa. Com a aprovação final pela República Checa, em 3 de novembro de 2009, a União Europeia concluiu a ratificação do Tratado de Lisboa, entrando em vigor em 1 de dezembro de 2009.
Em 22 de dezembro de 2009, a Sérvia apresentou a candidatura oficial de adesão à União Europeia.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Entrevista:




Alimentação – Qual era a base da alimentação?
Pequeno almoço: Figos secos, um cálice de aguardente e nozes
Almoço: Sopa de Feijão e batatas com carne caseira (frangos, perus, cordeiros, vitelos caseiros)
Lanche: Torradas de azeite com café ou leite caseiro
Jantar: Sopa e sardinhas com pão


-Onde eram feitas as compras?
No comércio da aldeia


-Preços? Eram altos para pobres e baixos para ricos


Moda – Onde se comprava a roupa?
Nas feiras


- Quanto durava um casaco? E um par de sapatos?
Um casaco durava 2 ou 3 anos, porque não havia mais, mas tinha que se poupar.
Um par de sapatos durava 1 ano ou 2, porque se andava sempre com os mesmos.


- Quem ditava a moda?
As pessoas ricas.




Namoros – Como se namorava?
Namorava-se à janela, nos bailes, mas tudo às escondidas do pai da mulher.


- Diferenças entre a vida dos rapazes e raparigas?
Os homens trabalhavam mais no campo com a ajuda das mulheres, e as mulheres ajudavam no campo e tratavam da casa.


- Quais eram os divertimentos?
Jogar à bola com uma bola de trapos; jogar à macaca; jogar ao Fito; jogar à Raiola; jogar ao Ferro; jogar às pedrinhas;




Saúde – Onde se ia quando se ficava doente?
Ia-se ao médico em Alfândega da Fé ou então se não fosse muito grave faziam-se “mezinhas”
-


Vacinas?
Sim. As enfermeiras vacinavam as crianças na escola.


- Mais ou menos doenças?
Havia menos, mas eram mais mortais.




Escola – Como era a escola?
Era uma escola pobre, com fracos recursos a manuais escolares e materiais.


- Como eram os professores? Como castigavam?
Eram más, exigentes e severas. Davam com uma palma nas mãos e batiam com umas varinhas de marmeleiro.


- O que era preciso para passar de ano?
Ter boas notas.


- Quem seguia os estudos?
Os ricos e os mais inteligentes.


- Eram da Mocidade portuguesa? Como era?
Não.




Tempos livres – Tinham férias? Onde iam de férias?
Não havia férias pois na campo não havia tempo para férias.-


-Tinham fins-de-semana?
Sim, mas ao sábado trabalhava-se mas ao Domingo não pois havia missa.


-O que costumavam fazer?
Estar com os colegas e jogar os jogos tradicionais da aldeia.




Transportes – Como iam para o emprego?
De cavalo ou burro.


-Como eram os transportes?
Na altura algumas pessoas tinham carros, para quem não tinha carro, ter um carro era um sonho.




Emprego – Tinham subsídios?
Não.


-Tinham assistência?
Não.


-Com que idade começaram a trabalhar?
Quando se saia da escola, normalmente por volta dos 10 anos.


-Alguém emigrou? Para onde e porquê?
Sim, emigravam para França ou para o Brasil normalmente procurar melhores condições de vida.




Guerra – Alguém foi à Guerra?
Os homens novos.




Comunicação social – Como sabiam o que se passava no país e no mundo?
Por rádio.


- Notavam que havia censura?
Sim.




25 de Abril de 1974 -Como foi viver o 25 de Abril de 1974
Foi praticamente um dia normal, foi só um pouco mais agitado.


-Como sentiram o dia 25 de abril?
Foi uma sensação de alegria mas ao mesmo tempo uma sensação de inquietação, pois não sabíamos como seria daí para a frente.


-O que mudou? Podíamos falar mais abertamente, a forma de olhar a mulher mudo etc.






NOME DO ENTREVISTADO : Maria Otelinda Ribeiro


DATA DE NASCIMENTO : 1954


LOCAL : Soeima

sexta-feira, 16 de abril de 2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Realização da Ficha de observação do filme " A Vida é Bela"


Ficha técnica:

Titulo: "A Vida é Bela" ou o titulo original "La Vita è Bella"
Realizador: Roberto Benigni
Género: Comédia/Drama
Actores Principais: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giustino Durano, Lidia Alfonsi, Sergio Bini Bustric, Giorgio Cantarini, entre outros

O Filme:

Personagens principais do filme:Guido Orefice, Dora, Giosué Orefice, Tio de Guido, Ferruccio Papini, Dr. Lessing, Rodolfo, Bartolomeo, Vittorino.
Tempo da acção: Durante a 2ª Guerra Mundial
Espaço da acção: Em Itália no ano de 1939
Temática: 2ª Guerra Mundial
Resumo do filme: Na Itália de 1939, Guido Orefice (Benigni) muda-se para a cidade de Arezzo para aí abrir uma livraria. Fica maravilhado pelo primeira mulher com que se cruza, uma professora chamada Dora (Braschi), com a qual se vai encontrando das formas mais invulgares, primeiro casualmente, depois propositadamente. O regime fascista vai interromper a harmonia que entretanto se instala na vida de Guido, judeu, que é levado com o filho para um campo de concentração. Determinado a poupar o pequeno Giosué (Cantarini) ao horror da situação, elabora uma complicada justificação, que vai adaptando à medida das necessidades, e que consiste sumariamente em convencê-lo que se trata tudo de uma brincadeira, e que os soldados Alemães estão apenas a fazer o papel de pessoas que gritam muito e são muito maus.

Biografia: António de Oliveira Salazar - Portugal


Estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde, em 1917, iniciou a carreira de professor universitário. Em 1921 foi eleito deputado pelo Centro Católico. Depois de apenas um dia no Parlamento, renunciou ao mandato. Em conferências e na imprensa, advogou uma renovação de objetivos e de processos de governo. Após a revolução de 28 de maio de 1926, acabou por aceitar, em 1928, a pasta das Finanças, depois de os militares terem concordado com as suas condições de o ministro das Finanças ser o único a poder autorizar despesas. Em maio de 1928, publicou a reforma orçamental: o ano econômico de 1928-1929 registrou saldo positivo, o que veio a contribuir para seu prestígio junto à ditadura militar. Em apenas dois anos de administração, tornou-se o homem-chave do regime. Em 1932, chegou a presidente do Conselho, cargo em que se manteria até o derrame cerebral que encerrou sua atividade pública, em 1968. Em 1933, fez aprovar em plebiscito uma nova Constituição que consagrava o Estado autoritário e corporativo, com a recusa da luta de classes, do individualismo liberal, do socialismo e do parlamentarismo. Por outro lado, em relação ao império ultramarino, adotou o princípio da unidade territorial pluricontinental, que o levaria a recusar qualquer solução de tipo federativo ou de caráter evolutivo. Depois do surto de descolonização dos anos de 1960, quando deixou de contar com a solidariedade internacional, já em plena guerra, sustentou o princípio da inegociabilidade política com os movimentos de luta armada que se desenvolveram sobretudo em Angola, Moçambique e na Guiné. O declínio político de Salazar acelerou-se rapidamente a partir de 1961 e coincide com o alastramento da guerra, a drenagem dos fundos públicos para o esforço bélico (cerca de 45% do Orçamento Geral do Estado) e o surto de emigração, em direção, sobretudo, à França e à Alemanha, além de um crescimento capitalista de controle muito mais difícil. O essencial de seu pensamento está consagrado nos Discursos e Notas Políticas (1935-1967, em seis volumes), escritos num estilo de alto recorte literário, pausado e persuasivo.

Francisco Franco - Espanha


Conservador ferrenho, Francisco Franco não era nem um pouco simpático. Até seu aliado, o nazista Adolf Hitler, disse uma vez que um encontro com ele era mais desagradável do que ter quatro ou cinco dentes arrancados.

Oficial de infantaria, Franco se destacou em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça.

Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias.

Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola.

Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo.

Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica.

Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos.

O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália.

Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. O príncipe Juan Carlos subiu ao trono após a morte do ditador, em 1975, e a Espanha foi reconduzida à democracia.

Aliados:Winston Churchill - Ingleterra


Churchill, a personalidade mais destacada da história britânica no século 20, procedia da família dos duques de Marlborough. Filho do líder do Partido Conservador Randolph Churchill, foi educado em Harrow e na Academia Militar de Sandhurst; em 1897-1898, serviu na Índia e no Sudão como oficial e correspondente de guerra e, entre 1899 e 1901, participou na Guerra dos Bôeres. Churchill iniciou sua carreira política em 1900 como deputado do Partido Conservador, mas em 1904 passou para o Partido Liberal. Aos 31 anos, foi nomeado subsecretário, aos 33, ministro do Comércio no gabinete de Herbert Asquith (1908-1916), e, pouco depois, em 1910, ministro do Interior, cargo a partir do qual apoiou a política social de David Lloyd George. Primeiro-lorde do almirantado (equivalente a ministro da Marinha), em 1911 começou a preparar a frota britânica para um futuro confronto com a Alemanha, mas em 1915 teve que se demitir, devido a pressões por parte dos conservadores no novo gabinete de coligação, que o consideravam responsável pelo fracasso da ocupação de Constantinopla e do estreito dos Dardanelos (expedição Callípoli). Em 1917, voltou ao governo com Lloyd George como primeiro-ministro. Como ministro da Guerra (1919-1921), e apesar da forte oposição de uma Inglaterra cansada de tantos conflitos bélicos, mandou tropas britânicas para lutar ao lado dos "brancos" na guerra civil russa contra a revolução bolchevique, que Churchill considerava uma ameaça para toda a Europa. Nas eleições de 1922, perdeu sua posição na Câmara dos Comuns, embora a tenha recuperado dois anos mais tarde, em 1924, desta vez como deputado do Partido Conservador. Sendo chanceler do Tesouro no gabinete de Stanley Baldwin (1924-1929), finalizou uma austera política de mercado e combateu o movimento sindical. Logo após a vitória do Partido Trabalhista em 1929, Churchill foi membro da Câmara Baixa durante dez anos sem cargo governamental. Contudo, a partir de 1932, chamou a atenção para o perigo da Alemanha nazista e combateu a política de "appeasement" de Neville Chamberlain em face das ânsias expansionistas alemãs. Quando eclodiu a guerra, foi nomeado novamente lorde do almirantado (1939), tendo-se mostrado contrário a fazer qualquer tipo de concessão à Alemanha. Após a demissão de Chamberlain, foi designado primeiro-ministro, de 1940 a 1945, e ministro da Defesa. Como motor da aliança contra o Reich alemão, após a assinatura da Carta do Atlântico (1941) com Franklin D. Roosevelt, coordenou as ações militares de britânicos e norte-americanos e, em 1941, chamou também a União Soviética à coligação contra Hitler. Nas conferências de Casablanca e Teerã (1943), Ialta e Potsdam (1945), Churchill negociou com Josef V. Stalin e Roosevelt os objetivos da guerra, embora tivesse de aceitar tanto a crescente supremacia norte-americana como – apesar do seu anticomunismo exacerbado – a expansão soviética na Europa. Apesar de Churchill gozar de grande prestígio em nível internacional, devido à grave crise econômica e à problemática social no interior do país seu partido perdeu as eleições legislativas de 1945, de modo que se viu obrigado a demitir-se enquanto se celebrava a Conferência de Postdam. Como líder da oposição, advertiu para o perigo da expansão soviética e, em 1946, inventou a expressão "cortina de ferro" como metáfora da Guerra Fria que então começava, ao mesmo tempo que defendia a união da Europa Ocidental em aliança com os EUA e inspirava a fundação da OTAN. Como primeiro-ministro conservador de 1951 a 1955, invalidou uma parte muito importante das nacionalizações feitas pelo anterior governo trabalhista e teve de aceitar a perda gradual das colônias britânicas, depois de concedida, em 1947, a independência à Índia, contra sua opinião. Quando morreu Stalin (1953), organizou uma conferência no mais alto nível para pôr fim à Guerra Fria. Em 1953, Winston Churchill recebeu o Prêmio Nobel da Literatura por sua extensa obra histórico-literária; no mesmo ano foi nomeado "Sir".

Aliados: Franklin Delano Roosevelt - E.U.A.


Segundo a maioria dos historiadores americanos, o democrata Franklin Delano Roosevelt foi o maior estadista dos Estados Unidos. Ele ajudou os americanos a recuperarem a fé, levando esperança com sua promessa de ação rápida e vigorosa, afirmando em seu discurso de posse: "A única coisa que devemos temer é o medo". Ao assumir a presidência em 1933, Roosevelt encontrou um país de joelhos. Milhões de pessoas passavam fome, todos os bancos haviam falido, e as perspectivas eram as mais sombrias para a indústria e a agricultura. Esse quadro desolador foi resultado da crise de superprodução e do crack na Bolsa de Nova York, iniciada em 1929. O liberalismo econômico radical, segundo o qual o Estado não deve regular ou intervir na economia, foi o maior responsável pela crise. Os presidentes republicanos que o precederam não previram os riscos deste liberalismo e nem demonstrarm sensibilidade para com os problemas sociais decorrentes da crise. Para contorná-la, Roosevelt apelou para a cartilha democrata e, como conseqüência, não só ajudou a tirar o país da crise como também contyribuiu para a evolução do capitalismo. Inspirado nas idéias do economista inglês John Maynard Keynes, Roosevelt concebeu o "New Deal" (Novo Trato), um conjunto de medidas econômicas pelas quais o Estado aumentava sua participação na economia, criando uma demanada que, para ser atendida, botava em ação setores da economia antes paralisados pela crise. O "New Deal" provocou queda no desemprego, aliviando a situação de milhoes de famílias. A recuperação da economia era desencadeada por um crescente déficit público, o qual o presidente financiava com aumento de impostos para os mais ricos, num mecanismo de distribuição de renda de ricos para pobres. Roosevelt nasceu em 1882, no Estado de Nova York. Ele freqüentou a Universidade Harvard e a Faculdade de Direito de Colúmbia, em Nova York. Seguindo o exemplo de seu primo em quinto grau, o ex-presidente Theodore Roosevelt (1901-1908), ele entrou para a política. Em 1920 ele foi o candidato democrata à vice-presidência. Em 1921, aos 39 anos, ele foi acometido de poliomielite, demonstrando uma coragem indomável. Ele apareceu dramaticamente de muletas para indicar Alfred E. Smith na Convenção Democrata de 1924. Em 1928 ele se tornou governador de Nova York, o "Empire State" (Estado Imperial). Ele foi eleito presidente em 1932. No início de 1933 havia 13 milhões de desempregados, e quase todos os bancos tinham fechado. Ele apresentou um amplo programa para ajudar as empresas, a agricultura, os desempregados e aqueles que corriam o risco de execução de hipotecas. Em 1935, o país estava se recuperando, mas empresários e banqueiros se voltaram contra o "New Deal" de Roosevelt. Demonstrando ganância empleno período de crise, eles não gostavam das concessões aos trabalhadores e ficaram horrorizados com déficits no orçamento. Foi então que Roosevelt respondeu com impostos mais elevados sobre os ricos, controles sobre os bancos e empresas de utilidade pública, um enorme programa de ajuda para os desempregados e um novo programa de reformas: o seguro social. Roosevelt foi reeleito por elevada margem de votos em 1936, 1940 e 1944. Foi o presidente que governou por mais tempo os EUA. Ele buscou uma legislação que levou a uma revolução na lei constitucional. Depois disso o governo poderia legalmente regular a economia. Ele também buscou por meio de uma legislação de neutralidade manter os Estados Unidos fora da guerra na Europa, mas ao mesmo tempo adotou uma política de "boa vizinhança" para fortalecer os países ameaçados ou atacados. Assim, quando a França caiu e a Inglaterra ficou sitiada em 1940, ele começou a enviar para a Grã-Bretanha toda a ajuda possível que não representasse um envolvimento militar direto. Mas os japoneses atacaram Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, levando Roosevelt a direcionar rapidamente a organização dos recursos e efetivo para a guerra mundial. Sentindo que a futura paz do mundo dependeria das relações entre os Estados Unidos e a Rússia, o presidente dedicou muita reflexão ao planejamento da Organização das Nações Unidas, por meio da qual, ele esperava, problemas internacionais poderiam ser resolvidos. À medida que a guerra se aproximava do final, a saúde de Roosevelt deteriorou, e em 12 de abril de 1945, enquanto estava em Warm Springs, Geórgia, ele morreu de hemorragia cerebral.

Aliados: Charles de Gaulle - França


Oficial desde o início da Primeira Guerra Mundial, De Gaulle notabilizou-se como militar. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e posteriormente subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Depois da invasão da França pela Alemanha, apelou de Londres à resistência (1940), fundou o Comitê França Livre e como líder do movimento de Resistência, no ano de 1943, foi eleito presidente do Comitê Francês de Libertação Nacional em Argel. Depois da libertação de Paris em 1944, retornou como chefe do Governo provisório. De Gaulle enfrentou os partidos novamente constituídos defendendo a supremacia do cargo de presidente. Em 1946, demitiu-se do cargo de primeiro-ministro da IV República e em 1947 fundou o movimento de unidade RPF (Rassemblement du Peuple Français). Após uma tentativa de golpe militar na Argélia, o então presidente da República René Coty (1953-1959) pediu-lhe a formação de um novo governo. A Assembléia Nacional confirmou e, alterando a Constituição, lhe concedeu amplos poderes. Em 21 de dezembro de 1958, foi eleito primeiro presidente da V República assumindo o cargo em 8 de janeiro de 1959. Como presidente, De Gaulle estabeleceu pela primeira vez negociações oficiais com a Frente de Libertação da Argélia (FNL), apesar da oposição da direita, cuja rebelião mandou sufocar (1961). Em 1962, assinou o Tratado de Évian que estipulava a paz e a independência da Argélia. De Gaulle não aspirava a uma integração européia, seu objetivo era uma "Europa das pátrias", isto é, uma confederação de Estados que não renunciavam aos seus direitos de soberania nacional. Estimulou o desenvolvimento do potencial atômico francês ("Force de frappe"). O tratado sobre colaboração franco-germânica, que assinou em 1963 com Konrad Adenauer, propunha um primeiro passo para a reconciliação entre os dois povos. No ano de 1963, vetou a entrada da Inglaterra na Comunidade Econômica Européia (CEE), atitude que, associada ao estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China (1964), à retirada da França da estrutura militar da OTAN (1967) e ao plano de neutralização do Sudeste Asiático, o colocou numa posição de evidente antagonismo perante seus aliados ocidentais e, particularmente, os EUA. Foi reeleito em 1965 e a partir de 1967 teve de enfrentar os conflitos internos cada vez mais graves que conduziram à rebelião de maio de 1968. Em 1969, demitiu-se, depois de derrotado num plebiscito sobre a reforma administrativa da França, sendo substituído por Georges Pompidou.

Aliados: Estaline - URSS



Revolucionário e estadista soviético. Nome adoptado por Iossif Vissarionovitch Djugatchvilli. De família proletária, frequenta o Seminário de Tifilis entre 1894 e 1899, do qual é expulso pela sua militância socialista. A partir de então dedica-se à propaganda revolucionária. Preso e deportado em várias ocasiões, em 1904 decide-se pelo bolchevismo. Em 1912, Lenine nomeia-o membro do Comité Central do Partido e primeiro director do Pravda. Durante a Revolução de Outubro desempenha um papel pouco destacado. Em 1922 é nomeado, com a oposição de Trotski, Secretário-Geral do partido. Nesse cargo pode controlar todo o aparelho de organização do partido após a morte de Lenine (Janeiro de 1924). Sem encontrar grandes dificuldades, torna-se o chefe do Estado soviético.
Apoiando-se, sucessivamente, em Zinoviev e Kamenev contra Trotski, e em Bujarin, Rikov e Tomski contra Trotski, Zinoviev e Kamenev, consegue expulsar Trotski da União Soviética, teórico da revolução permanente, e eliminar qualquer oposição no partido, quer da ala direita, quer da esquerda (1925-1929). A partir desse momento, a biografia de Estaline identifica-se com a história da União Soviética. Aplicando a doutrina do socialismo num só país, procura a industrialização rápida, a supressão dos kulaks ou camponeses proprietários e a colectivização forçada da agricultura e põe em marcha o primeiro plano quinquenal (1929), sufocando a resistência camponesa pela violência e pelo terror. A partir de 1934 começam a ser desencadeados os processos de Moscovo (1936-1939), que liquidam as chefias militares e a velha guarda bolchevique, transformando-se numa grande purga no interior do partido, que provoca pelo menos um milhão de execuções. É assim que se afirma a ditadura pessoal de Estaline sobre o partido e o povo.
Depois do Acordo de Munique, Estaline assina um pacto de não-agressão com a Alemanha nazi (1939). Graças a ele, a União Soviética obtém a conquista de grandes territórios, mas não consegue evitar o ataque de Hitler no Verão de 1941. Durante a II Guerra Mundial, Estaline concentra todos os poderes nas suas mãos e dirige pessoalmente o esforço de guerra soviético, fazendo-se nomear marechal e generalíssimo. Na Conferência de Ialta consegue uma repartição vantajosa das zonas de influência, de modo que a partir de 1945 pode exportar a revolução socialista para os países do Leste da Europa. Durante os seus últimos anos trava a guerra fria. Enfrenta a dissidência de Tito na Jugoslávia e acelera o avanço económico e técnico soviético. Leva o culto da personalidade a um nível extremo e desencadeia, constantemente, novas purgas no mundo comunista. Três anos depois da sua morte, como é inevitável, os seus sucessores abrem um processo crítico e marcam o início da desestalinização.

Eixo: Adolf Hitler - Alemanha


Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura. Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista). Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota. Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica. Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933). Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia. O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial. Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu. Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças. Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

Eixo: Benito Mussolini (1883-1945) - Itália



No exercício despótico do cargo de primeiro-ministro, Mussolini reunificou a Itália, implantou reformas sociais e restaurou à força a ordem perturbada por greves e distúrbios. Perdeu-se, no entanto, pela ambição de construir um império por meio da guerra de conquista. Benito Amilcare Andrea Mussolini nasceu em Dovia di Predappio, na província de Forli, em 29 de julho de 1883, filho de um ferreiro. Começou a trabalhar como professor, mas logo seu interesse se voltou para a revolução. Em 1902 mudou-se para a Suíça, numa tentativa de escapar do serviço militar, mas suas atividades esquerdistas acabaram por causar sua expulsão do país. De volta à Itália, esteve em Trento, então sob o domínio austríaco, onde foi novamente preso e expulso. Nessa época, suas leituras filosóficas, especialmente as de Nietzsche, haviam firmado sua crença na violência como elemento fundamental para a transformação da sociedade. Nomeado em 1910 secretário do Partido Socialista em Forli, começou a editar o jornal La Lotta di Classe. Depois de liderar um movimento operário contra a guerra turco-italiana, foi condenado a cinco meses de prisão. Seu prestígio aumentava e em 1911, Mussolini já era um dos principais dirigentes socialistas da Itália. No ano seguinte passou a editar o Avanti!, órgão oficial do Partido Socialista, cuja tiragem fez crescer muito. Em 1914, sustentou a neutralidade da Itália na primeira guerra mundial, de acordo com a linha do Partido Socialista. Aos poucos, porém, passou a defender a França e o Reino Unido e foi expulso do partido. Fundou então o jornal Il Popolo d'Itália, no qual continuou a defender a entrada da Itália na guerra, e organizou os Fasci d'Azione Rivoluzionaria (Grupos de Ação Revolucionária). Em abril de 1915 voltou a ser preso. Depois que a Itália declarou guerra à Áustria, Mussolini foi convocado. Ferido em 1917, voltou a editar seu jornal, cada vez mais violento no ataque aos socialistas. Em 1919 fundou os Fasci di Combattimento (Grupos de Combate), em Milão. O novo movimento, de ideologia socialista e nacionalista, pregava a abolição do Senado, a instalação de uma nova constituinte e o controle das fábricas por operários e técnicos. Em 1920, um movimento operário no norte da Itália foi inicialmente apoiado por Mussolini, que chegou a propor uma frente comum contra os patrões e os trabalhadores de extrema-esquerda. Rejeitada a proposta e contornada a situação pelo governo liberal, Mussolini capitalizou a seu favor o pânico da burguesia em relação ao comunismo, e o movimento recebeu vultosas contribuições pecuniárias. Surgiram as Squadre d'Azione, milícias anticomunistas, vistas com bons olhos tanto por liberais como por democrata-cristãos, esta na época a maior força política da Itália. Em 1921, Mussolini foi eleito para o Parlamento, e os Fasci di Combattimento passaram a chamar-se Partido Nacional Fascista. Depois de organizar em outubro de 1922 a marcha contra Roma, o Duce, como Mussolini era chamado, recebeu do rei Vítor Emanuel a incumbência de formar um novo governo, no qual predominavam, em princípio, liberais e democrata-cristãos. O Parlamento conferiu a Mussolini plenos poderes. Em 1923 foi criado o Grande Conselho Fascista e oficializadas as Squadre d'Azione, com o nome de Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale. Em 1925 instaurou-se a ditadura fascista. Todas as formas de oposição foram suprimidas; os candidatos a postos eletivos passaram a ser indicados pelas associações fascistas; as corporações profissionais, diretamente controladas pelo governo, substituíram os sindicatos; os códigos judiciários foram revistos; e a polícia ganhou plenos poderes. Em política externa, as aspirações de Mussolini foram limitadas na prática pelo reduzido poderio militar da Itália. Em 1927, ele estabeleceu um protetorado sobre a Albânia; em 1935 invadiu a Etiópia; e em 1937 interveio na guerra civil espanhola. Durante a segunda guerra mundial, sua aliança com Hitler, decidida no auge das conquistas militares alemãs, permitiu-lhe incorporar territórios da Iugoslávia. Derrotado na Grécia em 1940 e na África em 1941, teve sua liderança repudiada pelo Grande Conselho Fascista em 1943. Destituído e preso, foi libertado pelos alemães e tentou manter-se no poder no norte da Itália, mas, já desmoralizado e isolado, foi preso por partigiani (guerrilheiros) italianos, ao tentar fugir para a Suíça. Julgado sumariamente, foi fuzilado com sua amante, Clara Petacci, em Dongo, Itália, em 28 de abril de 1945. Seus corpos foram pendurados de cabeça para baixo numa praça de Milão.

Eixo: Hirohito - Japão

Reinou de 1926 até sua morte, em 1989. Seu reinado foi o mais longo de todos os imperadores japoneses, e coincidiu com um período em que ocorreram grandes mudanças na sociedade japonesa.
Michinomiya Hirohito nasceu em Tóquio, enquanto jovem, interessou-se por biologia marinha, assunto sobre o qual escreverá livros mais tarde. Em 1921, ainda príncipe, visitou a Europa, fato inédito na monarquia japonesa. Em 1926 tornou-se imperador. Considerado uma divindade viva pelo povo, descendente da deusa solar Amaterasu, a Constituição conferia-lhe poder supremo, sendo ele a figura a quem os militares japoneses deviam obediência absoluta.